Em um reino muito diferente do que conhecemos, chamado República dos Sentimentos, existia uma menina chamada Lúcia. Ela tinha 8 anos e era cheia de vida, sempre correndo pelo campo com seus amigos: Toni, um pássaro curioso, e Cláudio, um coelho pensador. Lúcia adorava passar seus dias explorando as margens do Lago Refletor e brincando no Parque dos Sorrisos.
Mas um dia, Lúcia começou a sentir que o dia estava sempre nublado, mesmo sob um céu azul. Os sorrisos de seus amigos não a animavam mais, e ela não conseguia entender por que. Então, um sábio no Parque dos Sorrisos, chamado Sr. Jorge, percebeu que algo estava diferente e decidiu conversar com ela.
— Lúcia — ele disse com uma voz suave — você sabe que todos nós temos dias em que nos sentimos assim, não sabe? Às vezes, nossos sentimentos se parecem com cores. Que tal nós falarmos sobre isso e encontrarmos as cores que estão desaparecidas?
Com um olhar intrigado, Lúcia concordou. Sr. Jorge falou sobre as emoções que ela poderia sentir: a cor amarela representava a alegria, o azul a tranquilidade e o vermelho a coragem. Juntos, começaram a desenhar as emoções de Lúcia no papel.
Vendo que tinha um espaço para expressar seus sentimentos, Lúcia começou a descrever como se sentia. A cor cinza aparecia com mais frequência, mostrando sua tristeza. Então, ela desenhou uma nuvem e se lembrou de seus dias mais felizes. Enquanto desenhavam, Lúcia também notou que não estava sozinha. Toni e Cláudio chegaram e ofereceram seus próprios desenhos.
— Olha, Lúcia! Nossos desenhos representam a amizade — disse Toni, orgulhoso de seu trabalho, cheio de amarelos e verdes. Cláudio, com um desenho colorido de um túnel mágico, falou:
— Às vezes, as emoções podem nos segurar, mas é essencial falarmos e sempre pedirmos ajuda.
Vendo os desenhos dos amigos, os sentimentos de Lúcia começaram a mudar. Cada emoção que eles mostraram se tornou uma cor, e ela percebeu que mesmo as mais sombrias poderiam ser transformadas. Assim que retirou a nuvem cinza, pintou novamente um arco-íris, repleto de todas as suas emoções.
Naquele dia, Lúcia aprendeu a cuidar de sua saúde mental, compartilhando seus sentimentos de forma divertida. Juntos, com ali os amigos, transformaram nuvens em círculos de cores brilhantes e sorrisos que fariam até um arco-íris ficar verde de inveja.
Desde então, Lúcia, Toni e Cláudio continuavam a se reunir no Parque dos Sorrisos, sempre lugar e lembrar a importância de contar uns aos outros sobre o que sentiam, sempre mantendo a saúde mental em dia; pois sabiam que cuidar dos sentimentos é atuar com amor, coragem e, claro, muitas cores.