Era uma vez, na pequena cidade de Luziana, uma menina chamada Lúcia. Ela era curiosa e adorava aventuras durante o dia, mas quando a noite chegava, um medo insidioso se apoderava do seu coração. Lúcia tinha muito medo do escuro e, toda vez que as luzes se apagavam, sua imaginação começava a correr solta, criando sombras estranhas e barulhos assustadores. Ela se pergunto se haveria algo no escuro que realmente a temia.
Certa noite, enquanto estava deitada em sua cama, sentiu uma vontade avassaladora de encarar seu medo. Com uma lanterna na mão, decidiu explorar seu próprio quintal, um lugar que ela conhecia tão bem, mas que agora, sob a luz da lua, parecia diferente.
Com um passo hesitante, Lúcia abriu a porta e pisou na grama macia. A luz da lua iluminava o caminho, e enquanto caminhava, começou a notar as coisas que amava no seu quintal: as flores dançavam com a brisa suave e as estrelas piscavam lá no alto, como se estivessem fazendo questão de dizer ‘olá’. Contudo, o crepitar dos galhos a fez parar por um instante, cheia de expectativa.
Descorançosamente, ela começou a entoar uma canção doce, sua melodia ecoou no ar e, para sua surpresa, pequenos bichos-da-luz apareceram, iluminando seu caminho como se fossem lanterninhas cósmicas. Diante dessa cena mágica, Lúcia percebeu que o escuro não era tão assustador quanto pensava, mas um manto que revelava segredos belos e momentos intrigantes.
Assim, com os bichos-da-luz acompanhando sua canção, Lúcia seguia, rir e cantar, sentindo coragem crescer dentro dela. E, enquanto olhava ao redor, seu medo foi se dissipando, dando espaço a novas descobertas. Ela percebeu que no escuro também havia amigos como as estrelas compartilhando seu brilho.
Voltou para casa com o coração leve, decidida a reencontrar seus medos a cada noite, porque agora sabia que havia beleza e verdade na escuridão que vale a pena explorar.
E assim, docemente, Lúcia adormeceu, sonhando com novas aventuras sob a luz da lua, onde o escuro deixava de ser temido e se tornava uma nova amiga. Desde aquele dia, toda vez que a noite chegava, ela fazia questão de sair e encontrar os bichos-da-luz que sempre fariam companhia nas suas aventuras na escuridão.