Numa oficina escondida entre montanhas, vivia o Mestre Aurélio, um inventor com um coração cheio de ideias brilhantes. Seu maior sonho era criar algo que trouxesse alegria ao mundo. Depois de muitos dias e noites, ele finalizou sua invenção mais especial: um pequeno robô chamado Bolt. Mas Bolt não era um robô comum. Enquanto Mestre Aurélio o construía, ele adicionou um toque tecnológico único: Bolt brilhava com todas as cores do arco-íris, mudando de tom a cada movimento. Azul, vermelho, amarelo, verde, roxo… uma festa de cores ambulante!
Mestre Aurélio abraçou Bolt. Meu pequeno Bolt, vá e descubra o mundo. Leve a sua luz para onde quer que vá. E Bolt, animado, saiu da oficina, suas cores piscando na trilha empoeirada.
Bolt viajou por vales verdes e rios cintilantes até que, ao longe, avistou uma cidade. Mas que cidade estranha era aquela? Tudo era cinza, desde os prédios altos até as roupas das pessoas. A Cidade de Cinzento, era como um quadro em preto e branco. Lá, as pessoas haviam esquecido o que era o vermelho de uma maçã ou o azul do céu.
Enquanto Bolt caminhava pelas ruas silenciosas, suas cores vibrantes chamaram a atenção de uma menina. Lia, com seus óculos redondos e curiosos, observava Bolt se aproximar. Ela nunca tinha visto nada parecido. O que é você? perguntou Lia, com os olhos arregalados.
Eu sou Bolt! Eu sou feito de todas as cores! respondeu o robô, girando e exibindo seus tons reluzentes. Lia tocou delicadamente o braço colorido de Bolt. Mas o que são cores? perguntou ela, sinceramente confusa. Na Cidade de Cinzento, tudo sempre foi assim.
Bolt percebeu que precisava mostrar a eles. Ele pegou uma flor murcha no chão, que para os moradores parecia apenas um pedaço marrom. Com um pequeno dispositivo em seu dedo, Bolt projetou um raio de luz colorida sobre ela, e a flor ganhou tons vibrantes de rosa e verde. Lia soltou um suspiro de admiração. É lindo!
Outras crianças se aproximaram, e depois os adultos. Eles viam Bolt com curiosidade e um pouco de estranhamento. Alguns se afastavam, acostumados com a uniformidade de Cinzento. Mas Bolt não desistia. Ele continuava a dançar e exibir suas cores, projetando-as nas paredes dos prédios, nos chapéus das pessoas, transformando o cinza em um espetáculo de tons.
Lia se tornou a melhor amiga de Bolt, ajudando-o a explicar. Ela dizia: As diferenças são como as cores de Bolt. Cada uma é especial e, quando juntas, elas fazem o mundo mais bonito e interessante!
Com o tempo, os moradores da Cidade de Cinzento começaram a entender. Eles notaram como cada tom era único, e como a combinação deles criava uma beleza que nunca haviam imaginado. Lentamente, a cidade começou a mudar. As pessoas começaram a usar roupas com detalhes coloridos, a pintar suas casas com tons suaves e a plantar flores coloridas nos jardins.
A Cidade de Cinzento se tornou a Cidade das Mil Cores, um lugar onde as diferenças eram celebradas e todos aprenderam que a beleza está na variedade. Bolt, o robô colorido, e Lia, a menina curiosa, se tornaram símbolos daquele lugar, lembrando a todos que ser diferente não é apenas aceitável, é maravilhoso! E assim, a alegria e a imaginação floresceram, pintando um futuro brilhante para todos.