No fundo do oceano Atlântico, em um recife de corais que cintilava com cores vibrantes e plantas bioluminescentes, viviam três amigos inseparáveis: Lino, o golfinho mais curioso e veloz de todos; Coralina, uma enguia esperta e cheia de ideias, sempre com um plano na cabeça; e Ronaldo, um caranguejo forte e trabalhador, com um talento especial para construir coisas. Eles sonhavam em ter um lar seguro e acolhedor, que os protegesse das fortes e imprevisíveis Correntes do Dragão Marinho, que de vez em quando sacudiam o fundo do mar.

Lino, sempre apressado, decidiu construir sua casa primeiro. Ele coletou algumas algas marinhas finas e galhos de coral quebrados, e em pouco tempo, montou uma cabana simples e leve. Que rapidez, Lino, exclamou Coralina, admirada. Ronaldo, com sua paciência de construtor, observava e pensava. A casa de Lino era bonita, mas parecia um pouco frágil.

Coralina, com sua mente estratégica, decidiu fazer a sua casa um pouco mais resistente. Ela usou conchas de ostras e pedras lisas, unindo-as com uma cola natural feita de limo marinho. Levou um pouco mais de tempo, mas a casa de Coralina parecia muito mais sólida que a de Lino. Parabéns, Coralina! Sua casa está um charme e parece bem firme, disse Lino, nadando em círculos de alegria.

Ronaldo, o mais detalhista, levou o seu tempo. Ele escolheu as rochas mais fortes, as conchas mais duras e os corais mais densos que conseguiu encontrar. Com suas pinças fortes, ele escavou uma fundação profunda e montou uma estrutura robusta, tijolo por tijolo, quer dizer, pedra por pedra. Era um trabalho demorado, mas Ronaldo sabia que a segurança valia cada esforço. Seus amigos o visitavam e se maravilhavam com a persistência dele.

Um dia, as Correntes do Dragão Marinho apareceram com uma força nunca vista. A água começou a se agitar, e tudo no recife balançava. Lino, dentro de sua casa de algas, sentiu tudo tremer. A cabana de algas não aguentou e se desfez com o primeiro impacto da corrente. Lino, assustado, nadou o mais rápido que pôde até a casa de Coralina.

Lino bateu na porta de conchas da casa de Coralina, que o deixou entrar. Lá dentro, eles sentiam a força da corrente, mas a casa de Coralina resistia bravamente. Porém, as Correntes do Dragão Marinho eram muito fortes naquele dia. Com um golpe poderoso, a casa de conchas começou a rachar e ceder. Rápido, Lino! Para a casa do Ronaldo!, gritou Coralina, e os dois nadaram juntos, desesperados, em direção à casa do amigo caranguejo.

Quando chegaram, ofegantes, Ronaldo os esperava. Sua casa, feita de rochas sólidas e corais densos, mal balançava. As Correntes do Dragão Marinho rugiam lá fora, mas a casa de Ronaldo permanecia firme, inabalável. Os três amigos se abraçaram, aliviados e gratos pela sabedoria e persistência de Ronaldo.

Dentro da casa segura de Ronaldo, eles aprenderam uma valiosa lição. Lino aprendeu que a rapidez nem sempre é a melhor escolha, Coralina entendeu que a inteligência deve vir acompanhada de força, e todos juntos perceberam que a amizade verdadeira e o trabalho bem feito são os pilares para qualquer desafio. E assim, Os Três Porquinhos, quer dizer, os três amigos do fundo do mar, continuaram suas aventuras, sempre lembrando do segredo da casa submarina: a união e a dedicação trazem a maior segurança.