Era uma vez, em uma pequena aldeia cercada por belas montanhas, um vento chamado Tufão. Tufão não era como os outros ventos, que sopravam suave e tranquilamente; ele tinha o espírito aventuroso de um explorador. Apesar de ser apenas vento, ele sonhava em fazer grandes amigos. Porém, havia um problema. Todos na aldeia tinham medo de Tufão. Achavam que ele poderia causar tempestades e destruição devido à sua força. Um dia, enquanto Tufão soprava pelos campos, ele observou uma menina chamada Lúcia, que estava brotando flores e cuidando de sua pequena horta, mas parecia triste. O vento decidiu descer mais próximo dela. “Por que você está tão triste?” ele perguntou. Lúcia levantou os olhosamplo quando escutou a suave voz do vento. “As pessoas da aldeia não querem brincar comigo porque acham que isso é tudo que posso fazer – causar tempestades. Mas eu só quero ajudar e espalhar alegria!” Então, Tufão teve uma ideia. Ele decidiu mostrar para todos que tinha mais a oferecer do que apenas força. Em um belo dia ensolarado, ele levantou algumas folhas, jogando-as pelo ar como se dançassem uma linda coreografia. Ao ver aquelas folhas dançando graciosamente, um menino chamado Tomás, que sempre teve medo de Tufão, se animou e começou a rir. Ele se juntou a Lúcia e juntos começaram a criar formas e figuras com as folhas ao vento. Quando Tufão viu isso, ficou feliz e começou a soprar lentamente. Logo, outros adultos da aldeia se uniram, intrigados com o que estavam vendo. O vento fazia as folhas e flores dançarem como se estivessem em uma grande festa. Tufão então resolveu fazer algo mais ousado. Ele se ergueu bem alto e, com cuidado, fez uma enorme espiral de nuvens se formar, trazendo um colorido ao céu azul. Lúcia e Tomás ficaram encorajados a convidar outros aldeões para observarem. Que espetáculo maravilhoso! E assim, aos poucos, as pessoas da aldeia foram percebendo que Tufão era mais que um vento furioso. Ele era tão sensível que podia entender suas preocupações e seus desejos. Naquela noite, quando Tufão teve coragem de se apresentar verdadeiramente, a aldeia celebrou a amizade. As risadas podiam ser ouvidas em cada canto, brincando ao sonhar e contando histórias pelo caminho. Às vezes, o que precisamos para superar o medo é a coragem de buscar quem somos realmente e de se deixar conhecer. E assim aconteceu: o vento corajoso não só se tornou amigo da menina e do menino, mas também passou a ser adorado por toda a aldeia. E sempre que você sente um suave sopro no rosto, lembre-se: é o Tufão lembrando que a verdadeira força vem do dentro, e que o mais importante é sempre ser gentil e corajoso enquanto exploramos novas amizades.