No coração da Floresta Tropical Brilhante, onde as árvores tocavam o céu e os rios cantavam canções suaves, vivia Dona Onça Pintada Jurema. Dona Jurema não era uma onça comum. Ela tinha uma paixão: organizar. Tudo em sua vida precisava de ordem e, mais importante, de quantidades exatas. Seus cestos de frutas eram impecáveis, suas folhas secas para dormir empilhadas em dúzias perfeitas e até as pedrinhas que enfeitavam sua casa tinham uma contagem precisa.

Um dia, Dona Jurema decidiu organizar o maior Festival de Frutas da floresta. Ela queria que cada animal recebesse a quantidade certa de suas frutas favoritas. Havia cinquenta bananas para os macacos, trinta mangas para as antas, vinte abacaxis para os tucanos e dez melancias para os jabutis. Dona Jurema passou dias separando e contando cada fruta com o maior cuidado, colocando-as em pilhas coloridas e aromáticas na grande clareira.

Perto dali, saltitando entre os galhos com sua energia contagiante, estava o Macaco Pipoca. Pipoca era um amigo leal, mas sua mente curiosa e agitada muitas vezes o levava a criar pequenas confusões sem querer. Ele viu as pilhas de frutas e pensou: Que cores lindas! Eu devo ajudar Dona Jurema a misturar tudo para ficar ainda mais bonito! Em um piscar de olhos, Pipoca pulou nas pilhas, misturando bananas, mangas, abacaxis e melancias em uma confusão gigantesca de frutas.

Quando Dona Jurema chegou e viu a cena, suas pintas pareciam empalidecer um pouco. Oh, Pipoca! Agora eu não sei quantas frutas eu tenho de cada! Como vamos saber a quantidade certa para cada um? O Festival de Frutas será um desastre!

Pipoca, vendo o desespero da amiga, sentiu um aperto no coração. Ele não queria ter causado problema. Desculpe, Dona Jurema! Eu só queria ajudar!

De repente, uma voz suave e sábia surgiu do alto de uma árvore. Não se preocupem, meus amigos! Nós podemos resolver isso juntos! Era a Coruja Professora Sabichona, que sempre observava a floresta com seus olhos atentos e tinha uma solução para quase tudo.

A Coruja Sabichona desceu graciosamente. Pipoca, você aprendeu que misturar sem pensar nas quantidades pode causar problemas. Mas não é tarde para aprender a organizar!

Ela pegou um punhado de bananas. Veja, Pipoca. Se contarmos uma por uma, saberemos quantas temos. Um, dois, três… A Coruja Sabichona mostrou a ele como agrupar as frutas em conjuntos menores, por exemplo, de cinco ou dez. Ela transformou a contagem em um jogo divertido. Cada vez que Pipoca separava um grupo de dez bananas, Dona Jurema fazia um barulho engraçado.

Juntos, os três começaram a recontar. Pipoca, inicialmente desorganizado, começou a pegar o jeito. Ele descobriu que contar as mangas e agrupá-las era como resolver um quebra-cabeça. Ele separou os vinte abacaxis em dois grupos de dez e as dez melancias uma a uma. A clareira, antes uma bagunça frutada, agora estava novamente cheia de pilhas organizadas e coloridas, cada uma com sua quantidade correta.

Dona Jurema sorriu, suas pintas brilhando novamente. Pipoca, você não só aprendeu sobre quantidades, mas também sobre a importância de pensar antes de agir e de trabalhar em equipe.

No dia do Festival de Frutas, todos os animais da Floresta Tropical Brilhante se deliciaram com as quantidades perfeitas de suas frutas favoritas. Pipoca, orgulhoso, ajudou a distribuir, garantindo que cada um recebesse a porção exata. Ele havia se tornado um mestre em quantidades. A lição foi clara: a organização e a contagem fazem a vida mais fácil e as festas muito mais divertidas!