Em um futuro não tão distante, existia a deslumbrante Floresta Sideral, um lugar onde as árvores pareciam tocar as estrelas, pois seus troncos e folhas emitiam um brilho suave e misterioso, como pequenas galáxias cintilantes. No coração dessa floresta, vivia Aline, uma menina com olhos curiosos que sonhava em ser astrônoma e observava cada detalhe do universo ao seu redor, desde as estrelas distantes até as pequenas Flor-Luzente que cresciam no chão.
Ali perto, em seu observatório repleto de invenções curiosas, morava o Professor Olavo, um cientista bondoso e um pouco distraído, sempre rodeado de parafusos e engrenagens. Sua mais nova criação era o Robô Juba, um pequeno robô com carcaça metálica reluzente e olhos que brilhavam com luzes coloridas. Juba era programado para coletar e analisar dados com a maior imparcialidade, um verdadeiro detetive de informações.
A Floresta Sideral era um lugar de paz, mas algo estava acontecendo. A fonte cristalina que nutria todas as plantas e servia de bebida para os habitantes da floresta começou a secar. Pequenos desentendimentos surgiram. O Senhor Tatu Bola, com sua plantação de raízes, reclamava que a Dona Coruja, com sua horta suspensa, estava desviando a água. E Dona Coruja dizia que o Senhor Tatu Bola estava bloqueando o fluxo. A harmonia estava se esvaindo.
Aline, com sua paixão por observar, notou que as Flor-Luzente, que antes eram pequenas e raras, estavam agora por toda parte, brilhando mais intensamente do que nunca. Ela comentou sua observação com o Professor Olavo, que imediatamente teve uma ideia.
Professor Olavo exclamou: Aline, Juba é perfeito para isso! Ele pode coletar dados sem prejulgar ninguém. Juba, ligar modo detetive!
Com seus sensores avançados, Juba começou a mapear o fluxo da água, medindo a umidade do solo e a quantidade de água que cada planta absorvia. Ele trabalhou por dias, silenciosamente, registrando cada gota e cada broto. Quando Juba apresentou seus dados, a verdade era clara e surpreendente. Não havia sabotagem nem desvio intencional. As belas Flor-Luzente haviam se proliferado de forma extraordinária, e suas raízes, embora delicadas, estavam absorvendo uma quantidade imensa da água da fonte. A beleza delas estava, sem querer, desequilibrando a floresta.
Com os dados imparciais de Juba, Aline e Professor Olavo reuniram todos os habitantes da floresta. Eles não apontaram dedos nem culparam ninguém. Em vez disso, mostraram os gráficos e as análises de Juba, explicando como as Flor-Luzente estavam afetando o fluxo da água.
A Dona Coruja, com sua sabedoria, sugeriu que poderiam replantar algumas Flor-Luzente em áreas mais úmidas e distantes da fonte principal. O Senhor Tatu Bola, com sua força, se ofereceu para ajudar a cavar os novos buracos. Juntos, trabalhando em equipe, eles replantaram as Flor-Luzente em novos locais, garantindo que a beleza delas ainda existisse, mas sem prejudicar a disponibilidade de água para todos.
A fonte voltou a jorrar abundantemente. A Floresta Sideral recuperou sua paz, e todos aprenderam uma valiosa lição sobre justiça. Não era sobre encontrar um culpado, mas sim sobre buscar a verdade com imparcialidade e trabalhar juntos para encontrar a solução mais justa para todos. Aline sorriu, sabendo que a justiça, assim como as estrelas, brilhava mais forte quando a verdade era revelada e a cooperação florescia.



















