História Infantil sobre Horta: O Segredo da Horta Flutuante do Vovô Jonas
No alto dos céus de uma cidade cheia de construções com formas de flores e folhas, flutuava a mais incrível horta que alguém já tinha visto. Ela pertencia ao Vovô Jonas, um senhor de olhos gentis e um sorriso que parecia o próprio sol. Sua horta não ficava no chão, mas sim em uma plataforma gigante, suspensa por balões coloridos que pareciam grandes frutas maduras.
Clara, sua neta, adorava visitar o Vovô Jonas. Ela era uma menina curiosa, com o cabelo castanho sempre cheio de energia e os olhos brilhando de vontade de descobrir coisas novas. Mal pisava na plataforma da horta, já sentia o cheiro fresco da terra e o perfume doce das frutas. Lá, ela também encontrava seu amigo, Pipoca, um pássaro miúdo de penas azuis e amarelas, que era tão esperto quanto ligeiro. Pipoca não falava como gente, mas seus chilreios e voos expressavam tudo o que ele pensava.
Um dia, Clara notou algo diferente. As abobrinhas, que normalmente cresciam grandes e robustas, estavam miudinhas e tristes. Vovô Jonas, com a testa franzida, observava a plantinha.
Esta abobrinha está com um problema, disse o Vovô Jonas. Parece que ela não está sentindo o abraço do sol como as outras.
Clara se aproximou, e Pipoca pousou no seu ombro, inclinando a cabeça para a planta.
Mas Vovô, o sol está tão forte hoje, por que ela não sente? Perguntou Clara, olhando para o céu azul.
Vovô Jonas explicou que, às vezes, as plantas precisam de um tipo especial de cuidado, um olhar atento aos pequenos detalhes. Eles começaram a inspecionar a horta, com Clara agachada e o Vovô Jonas observando de perto. Pipoca, com sua visão aguçada, voava por entre as plantas, examinando cada folha e cada caule.
De repente, Pipoca chilreou alto e voou rapidamente para um dos balões que sustentavam a horta. Ele bicou levemente uma folha grande que se estendia para fora do balão.
O que foi, Pipoca? Perguntou Clara, seguindo o pássaro com os olhos.
Vovô Jonas se aproximou e notou que a folha do balão estava posicionada de um jeito que criava uma pequena sombra bem sobre o pé de abobrinha triste. Era uma sombra quase invisível, mas suficiente para que a planta não recebesse toda a luz que precisava.
Ah, meu amigo Pipoca, você é um observador e tanto! Exclamou Vovô Jonas, percebendo o problema.
Com cuidado e trabalho em equipe, Vovô Jonas usou uma vara comprida para gentilmente mover a folha do balão, enquanto Clara o guiava, dizendo um pouquinho para lá, um pouquinho para cá. Pipoca voava de um lado para o outro, inspecionando o resultado. Quando a sombra finalmente se afastou da abobrinha, um raio de sol direto banhou a plantinha.
Agora, falta o carinho, disse o Vovô Jonas, sorrindo. Ele pegou seu banjo e começou a tocar uma melodia suave, enquanto Clara batia palmas ritmadamente. Pipoca voou em círculos acima da abobrinha, cantando sua própria canção de incentivo. Não demorou muito para que, sob o sol e o carinho daquele trio, as abobrinhas começassem a se esticar, suas folhas ficando mais verdes e suas flores, mais vivas.
Clara aprendeu que cuidar da horta, ou de qualquer coisa viva, exige paciência, observação e um coração disposto a ajudar. Ela percebeu que, mesmo as menores mudanças e o mais simples incentivo podem fazer uma grande diferença. E assim, na horta flutuante do Vovô Jonas, as plantas continuaram a crescer fortes e felizes, regadas não só com água e sol, mas também com amizade e o trabalho em equipe de Clara, Vovô Jonas e o esperto Pipoca.