Leo e Mel mal podiam esperar pelas férias. Mas depois de alguns dias, o tédio bateu. Os videogames perderam a graça e os filmes já não eram tão emocionantes.
— Ah, Leo, o que vamos fazer? Suspirou Mel, jogada no tapete da sala.
— Eu não sei, Mel. Parece que toda a diversão das férias desapareceu! Respondeu Leo, olhando para o teto.
Foi então que a mãe de Leo, com um sorriso misterioso, lhes entregou um folheto brilhante.
— Que tal uma aventura diferente este ano? Perguntou ela.
No folheto, uma imagem de algo incrível: uma ilha gigante flutuando no céu, sustentada por balões de todas as cores. O título dizia: A Ilha Flutuante de Balões do Professor Bóris.
— Uma ilha flutuante? Exclamou Mel, os olhos arregalados.
— Isso parece emocionante! Disse Leo, já se levantando.
No dia seguinte, cheios de curiosidade e com mochilas leves, eles seguiram as instruções do folheto. Chegaram a um campo aberto onde um elevador estranho, parecido com um cesto de vime gigante, esperava por eles. Uma vez lá dentro, o elevador subiu suavemente pelos ares.
Em poucos minutos, a Ilha Flutuante de Balões apareceu. Era um lugar espetacular. Jardins suspensos balançavam com a brisa, pequenos rios corriam entre plataformas interligadas por pontes de madeira, e máquinas estranhas zumbiam suavemente. Balões gigantes, em tons de azul, verde, amarelo e vermelho, mantinham tudo no alto.
Na entrada da ilha, um senhor com óculos redondos e um chapéu que parecia um capacete, os esperava. Era o Professor Bóris.
— Bem-vindos à minha humilde residência voadora! Sou Bóris, o construtor desta maravilha. Vocês devem ser Leo e Mel, certo?
Os dois confirmaram com a cabeça, impressionados.
— Professor, esta ilha é incrível! Disse Mel.
— É a melhor coisa que vimos nestas férias! Adicionou Leo.
O sorriso do Professor Bóris, no entanto, logo se desfez.
— Fico feliz que gostem, meus jovens. Mas temo que minha ilha esteja com um pequeno problema. E é por isso que espero que vocês possam me ajudar.
Ele explicou que, nos últimos dias, os balões estavam perdendo ar mais rapidamente do que o normal. Se não descobrissem a causa e consertassem logo, a Ilha Flutuante poderia começar a descer.
— Precisamos explorar os balões e descobrir o que está acontecendo. Vocês estão prontos para uma missão de férias? Perguntou o Professor.
— Mais do que prontos! Disseram Leo e Mel em uníssono.
A aventura começou. Eles usaram pequenos veículos movidos a vento para se mover entre as plataformas, desceram por túneis de tecido que levavam ao interior de alguns balões, e até escalaram engenhocas movidas a engrenagens.
Mel, com sua mochila cheia de ferramentas, era ótima em identificar parafusos soltos e alavancas presas. Leo, com sua curiosidade aguçada, encontrava passagens secretas e ouvia sons estranhos que ninguém mais notava.
Dentro de um dos balões maiores, eles ouviram um barulho divertido. Era uma espécie de risadinha.
— Professor, o que é isso? Perguntou Leo, apontando para uma área mais escura.
O Professor Bóris se aproximou e, para a surpresa de todos, vários Balonitos apareceram. Eram pequenas criaturas, quase transparentes, que pareciam feitas de ar e luz. Eles tinham olhos grandes e redondos e pequenos braços e pernas que pareciam flutuar. E estavam brincando com as válvulas dos balões, abrindo e fechando-as por diversão!
— Ah, os Balonitos! Exclamou o Professor, rindo. — Eles são os guardiões dos balões, mas também são muito travessos! Eles adoram sentir o ar se movendo.
O problema era que a brincadeira deles estava esvaziando a ilha. Mas como fazê-los parar sem chateá-los?
Mel teve uma ideia brilhante.
— Professor, e se construíssemos um playground só para eles? Com tubos por onde o ar pudesse passar, e pequenas engrenagens que eles pudessem girar? Eles teriam algo divertido para fazer sem mexer nas válvulas principais da ilha.
O Professor Bóris adorou a ideia. Com a ajuda de Leo e Mel, eles passaram o resto do dia construindo um elaborado sistema de brinquedos e passagens de ar dentro de um balão grande e central. Os Balonitos, curiosos, logo começaram a explorar o novo playground. Eles riam e brincavam, movendo as engrenagens e sentindo o ar passar pelos tubos projetados especialmente para eles.
A Ilha Flutuante parou de perder ar. As férias de Leo e Mel se transformaram na maior aventura de suas vidas, e eles salvaram a Ilha Flutuante de Balões.
Quando a hora de ir embora chegou, o Professor Bóris lhes agradeceu.
— Vocês foram os melhores ajudantes que um inventor poderia querer. Graças a vocês, a ilha está segura. E as férias de vocês foram cheias de descobertas, não é?
Leo e Mel sorriram. Eles tinham feito novos amigos, vivido uma aventura inesquecível e aprendido a importância de cuidar de um lugar tão único. E sabiam que, nas próximas férias, a Ilha Flutuante de Balões os esperaria.