As férias de Léo mal podiam começar! Em vez de ir para a praia ou para um parque de diversões, seus pais decidiram levá-lo para uma pousada charmosa no coração da Floresta Amazônica. Léo, de oito anos, estava um pouco apreensivo. Sem videogames, sem televisão, o que ele faria?
No primeiro dia, enquanto seus pais descansavam, Léo decidiu explorar. Com um pequeno binóculo pendurado no pescoço, ele seguiu uma trilha estreita que levava mais fundo na mata. Os sons da floresta eram diferentes de tudo que ele já tinha ouvido: o canto de pássaros exóticos, o murmúrio suave do rio, e um chiado estranho que parecia vir de uma árvore oca.
Curioso como sempre, Léo se aproximou da árvore. De repente, uma pequena coruja-buraqueira com olhos muito expressivos apareceu, batendo as asas.
Olá, pequeno explorador! Disse a coruja com uma voz surpreendentemente clara. Meu nome é Melodia. Você parece um pouco perdido.
Léo piscou, sem acreditar. Uma coruja falante!
Não, não estou perdido, eu acho, respondeu Léo, um pouco gaguejante. Só estou explorando.
Melodia soltou um risinho. Você veio no lugar certo para isso! Quer conhecer um lugar que pouquíssimos veem?
A curiosidade de Léo superou qualquer receio. Sim!
Melodia guiou Léo por entre cipós e raízes aéreas, até chegarem a uma clareira. O que Léo viu o deixou de boca aberta. Diante dele, flutuando suavemente sobre um rio de águas cristalinas, havia uma vila. Casas de madeira e bambu, com tetos feitos de folhas gigantes, pareciam desafiar a gravidade. Pequenas plataformas movidas a alguma energia desconhecida deslizavam pela água, levando pessoas de um lado para o outro. Era a Vila Escondida de Aguapé!
Na entrada da vila, um homem baixinho, com óculos redondos que viviam escorregando pelo nariz, consertava um pequeno dispositivo que parecia um remo futurista.
Ora, ora! Melodia, vejo que trouxe um convidado! Saudou o homem com um sorriso caloroso. Bem-vindo, Léo! Sou o Engenheiro Beto.
Engenheiro Beto explicou que a Vila de Aguapé era um segredo bem guardado, onde todos viviam em harmonia com a natureza, utilizando invenções que respeitavam o meio ambiente. Todas as maravilhas flutuantes e silenciosas da vila eram alimentadas por um tipo especial de energia natural, captada de um fenômeno geológico subterrâneo.
Enquanto Léo explorava, acompanhado de Melodia e Engenheiro Beto, ele notou que a luz de algumas casas cintilava e as plataformas estavam mais lentas.
Uh oh! Parece que o gerador principal está com um pequeno soluço, disse Engenheiro Beto, coçando a cabeça. Nada que um bom trabalho em equipe não resolva!
Léo se sentiu útil pela primeira vez naquelas férias. Engenheiro Beto explicou que o sistema de filtragem da energia natural estava entupido com folhas e pequenas raízes. Precisavam de mãos pequenas e ágeis para alcançar os cantos mais difíceis.
Léo, com sua curiosidade e destreza, ajudou a limpar os dutos, enquanto Melodia usava sua visão aguçada para indicar os pontos problemáticos. Engenheiro Beto, com sua vasta sabedoria, orientava os dois. Em pouco tempo, a energia da Vila de Aguapé voltou ao normal, as casas brilhavam intensamente e as plataformas deslizavam com velocidade.
Engenheiro Beto, com sua vasta sabedoria, orientava os dois. Em pouco tempo, a energia da Vila de Aguapé voltou ao normal, as casas brilhavam intensamente e as plataformas deslizavam com velocidade.
Agradecidos, os moradores da vila ofereceram a Léo uma festa de despedida com frutas exóticas e músicas alegres. Ele aprendeu que as férias podem ser cheias de aventuras inesperadas e que a verdadeira diversão está em descobrir coisas novas, fazer amigos e ajudar os outros. Quando a hora de voltar para a pousada chegou, Léo se despediu de seus novos amigos, prometendo voltar nas próximas férias. Ele sabia que tinha descoberto um segredo incrível e que a Floresta Amazônica guardava muito mais do que ele imaginava.
