Era uma vez, na Escola do Sol Radiante, um lugar onde as paredes eram pintadas com todas as cores do arco-íris e o pátio era um jardim cheio de borboletas e pequenos riachos. Lá estudava Leo, um menino de cabelos castanhos sempre despenteados e um sorriso banguela que aparecia a cada nova descoberta. Leo adorava a escola, especialmente as aulas de arte, mas tinha um pequeno problema: ele era um campeão em perder coisas.
Naquela manhã ensolarada, a Professora Emília, com seus óculos redondos e voz suave, havia proposto um projeto muito especial: desenhar o sonho mais bonito. Leo, com seu lápis mágico cor de arco-íris, desenhou um foguete que viajava até uma lua feita de queijo. Era o desenho mais lindo que já havia feito.
Mas, ao final da aula, quando era hora de guardar tudo, o lápis mágico de arco-íris simplesmente desapareceu! Leo revirou sua mochila, olhou debaixo da mesa, mas nada. Onde estaria o lápis?
Professora Emília, vendo a tristeza de Leo, disse com um piscar de olhos: Não se preocupe, Leo. Vamos ativar a Operação Busca ao Tesouro do Lápis! E chamou sua assistente especial, Pipoca.
Pipoca era uma lontra, sim, uma lontra! Ela não morava na água, mas em uma casinha aconchegante perto da biblioteca da escola. Pipoca era a mascote oficial da Escola do Sol Radiante e tinha um talento incrível para encontrar objetos perdidos. Seu nariz pequeno e úmido farejava pistas onde ninguém mais via. Ela usava um pequeno colete azul com botões brilhantes e adorava um desafio.
Leo e Pipoca se tornaram a dupla de detetives do lápis. Primeiro, eles foram até o jardim. Pipoca farejou entre as margaridas, subiu em um pequeno tronco de árvore e até espiou dentro de uma casa de joaninhas. Nada.
Depois, foram para o refeitório. Pipoca cheirou debaixo das mesas, perto da máquina de suco de laranja e até deu uma olhadinha dentro da cesta de frutas. Leo quase riu quando Pipoca tentou farejar uma maçã. Ainda nada do lápis mágico.
A busca os levou para a sala de música. Lá, Pipoca se animou, balançando o rabo. Ela pulou no palco, farejou perto do piano e, de repente, parou. Seus olhinhos brilharam em direção a um cesto de instrumentos de percussão.
Leo se aproximou, e lá, aninhado entre alguns maracás coloridos, estava o lápis mágico de arco-íris! Leo gritou de alegria!
Como ele foi parar lá? perguntou Leo, confuso.
Professora Emília sorriu. Talvez ele tenha querido fazer uma pequena aventura por conta própria, Leo. Ou talvez, você o tenha deixado cair sem perceber enquanto cantava e batia palmas durante a aula de música de ontem.
Leo se lembrou. Sim! Ele tinha batido palmas com tanto entusiasmo que o lápis deve ter escorregado do seu bolso.
Com o lápis de volta, Leo abraçou Pipoca. Obrigado, Pipoca! Você é a melhor detetive de lápis perdidos do mundo!
Naquele dia, Leo aprendeu uma lição importante sobre cuidar das suas coisas. Mas ele também aprendeu que, com a ajuda dos amigos e um pouquinho de curiosidade, qualquer coisa perdida pode ser encontrada, e cada busca pode se transformar em uma divertida aventura. E a Escola do Sol Radiante continuou sendo o lugar onde as crianças não só aprendiam, mas também viviam as mais incríveis e coloridas aventuras.