Marina era uma menina com olhos curiosos e um amor imenso pelo mar. Todo verão, ela passava os dias na casa de seus avós, que ficava bem pertinho da praia. Certo dia, enquanto brincava na areia, a onda trouxe até seus pés uma garrafa antiga. Dentro dela, não havia uma mensagem, mas sim um mapa desenhado em pergaminho amarelado, com símbolos estranhos e o contorno de um peixe misterioso.
O mapa apontava para algo chamado Coração de Água, escondido nas profundezas. Marina, com seu espírito aventureiro, sentiu que precisava descobrir o que era aquilo. Ela colocou sua roupa de mergulho e, com coragem, pulou na água azul-turquesa.
Mal havia mergulhado, Marina encontrou Octávio, um polvo muito inteligente e com tentáculos que pareciam pensar sozinhos. Octávio era mestre em decifrar mistérios e se comunicava mudando as cores de sua pele. Ele viu o mapa e, com um brilho em seus olhos grandes, sinalizou que conhecia as lendas do Coração de Água. Juntos, eles decidiram embarcar nessa jornada submarina.
Navegar pelo oceano não era fácil. Correntes marinhas puxavam para lá e para cá, e algas gigantes formavam labirintos verdes. Foi então que eles viram Dona Clara, uma tartaruga-marinha anciã com um casco coberto de histórias. Dona Clara nadava lentamente, com a sabedoria de quem já tinha visto muitos sóis nascerem e se porem no horizonte aquático. Ela era a guardiã das memórias do oceano e logo entendeu a busca de Marina e Octávio.
Dona Clara explicou que o Coração de Água não era uma pedra preciosa ou um tesouro reluzente. Era um lugar especial onde cresciam algas luminescentes, que brilhavam suavemente e mantinham a vida de todo o recife. Mas, para chegar lá, eles precisavam resolver um enigma: encontrar três corais de cores diferentes que, juntos, formavam um caminho secreto.
Os três amigos trabalharam em equipe. Marina usou sua agilidade para nadar entre os corais, Octávio usou seus tentáculos para virar pedras e descobrir os desenhos escondidos, e Dona Clara, com sua memória prodigiosa, lembrava-se dos antigos padrões de cores que os guias mostravam. Após um tempo, eles encontraram os corais: um azul-safira, um vermelho-rubi e um verde-esmeralda, que se encaixaram perfeitamente em uma rocha oca.
Ao tocarem os corais, uma passagem se abriu, revelando uma caverna submarina onde as algas brilhavam com uma luz suave e pulsante. Era um espetáculo de cores e vida! O Coração de Água era um jardim secreto, vital para a saúde do oceano. Ali, eles entenderam que a verdadeira riqueza estava na natureza e na união para protegê-la.
Com o coração cheio de alegria e novas descobertas, Marina, Octávio e Dona Clara voltaram à superfície. Marina sabia que não podia guardar aquele segredo só para ela. Ela contou a todos sobre a beleza e a importância do Coração de Água, inspirando as crianças e adultos a cuidarem do mar. E assim, Marina, o polvo Octávio e a tartaruga Dona Clara se tornaram os grandes protetores das aventuras submarinas, sempre prontos para defender o que era precioso no fundo do oceano. A amizade deles provou que juntos, e com coragem, podemos fazer a diferença no mundo.



















