Léo, um menino de cabelos castanhos e olhos curiosos, adorava passar as noites no Observatório Celeste da Dona Aurora. Dona Aurora, uma senhora de cabelos brancos sempre presos em um coque e óculos redondos, era uma astrônoma muito sábia e divertida. Ao lado deles, Faísca, um robô brilhante e prestativo com luzes piscando em seu peito, auxiliava em todas as tarefas, movendo-se com um suave zumbido.
Uma noite estrelada, enquanto observavam o céu através do telescópio gigante, Léo apontou para algo incomum.
— Dona Aurora, o que é aquilo? Parece uma estrela pequena, mas está tão fraquinha e sozinha!
Dona Aurora ajustou seus óculos e observou.
— Ah, Léo, isso é um pequeno estrela-cadente que se perdeu do seu grupo. Ele parece ter caído muito longe e está com sua luz quase apagada pela tristeza de estar longe de sua família lá no alto.
Léo sentiu um aperto no coração. Ele imaginou como seria estar tão sozinho e perdido.
— Podemos ajudar, Dona Aurora? Ele parece precisar de nós!
Dona Aurora sorriu.
— É uma ótima ideia, Léo. É importante sempre ajudar quem precisa, não importa o quão diferente ele seja de nós. Vamos resgatar essa pequena luz!
Faísca, com suas luzes piscando mais rápido, começou a organizar ferramentas e peças. Juntos, eles começaram a construir uma nave especial. Não era uma nave comum, mas uma cápsula acolhedora com um compartimento seguro para o pequeno estrela-cadente. Léo ajudou a escolher as cores mais alegres para a nave, enquanto Dona Aurora supervisionava os detalhes técnicos e Faísca montava tudo com precisão.
Quando a nave estava pronta, eles cuidadosamente colocaram o estrela-cadente dentro. Sua luz, antes quase invisível, começou a brilhar um pouco mais forte, como se sentisse o calor da ajuda que estava recebendo.
Dona Aurora programou a rota para a Constelação do Grande Urso, onde a família do estrela-cadente provavelmente estaria esperando.
Léo e Faísca embarcaram na nave com o pequeno passageiro.
A viagem pelo espaço foi incrível! Eles viram planetas de cores variadas, nebulosas que pareciam nuvens de algodão açucarado e outras estrelas cintilantes. Léo ria enquanto Faísca desviava de alguns asteroides minúsculos com agilidade surpreendente.
Chegaram à Constelação do Grande Urso. Lá, viram várias estrelas brilhando intensamente, e entre elas, uma família de estrelas-cadentes parecia procurar por algo.
Com cuidado, Léo abriu o compartimento e o pequeno estrela-cadente flutuou para fora. Ele soltou um brilho feliz e voou rapidamente para se juntar à sua família, que brilhou ainda mais forte em resposta.
Léo e Faísca sentiram uma alegria enorme. Eles haviam ajudado alguém que precisava, mesmo que fosse uma pequena estrela perdida no vasto universo. No caminho de volta, Léo olhou pela janela da nave. O universo parecia ainda mais bonito agora, cheio de estrelas que brilhavam com a luz do amor e da bondade.
De volta ao observatório, Dona Aurora os recebeu com um abraço.
— Viram, meus queridos? Quando estendemos a mão ao próximo, seja ele quem for, a luz da bondade se espalha e faz o mundo brilhar ainda mais.
Léo concordou, sentindo o coração quentinho. Ele sabia que aquela noite havia sido mais do que uma aventura; havia sido uma lição sobre a importância de ter amor ao próximo e de como um pequeno ato de bondade pode iluminar o universo inteiro.
